sexta-feira, 30 de maio de 2014

Vale a pena a "caridaude" e "pilantropia" para ajudar o próximo?


O "espiritismo" brasileiro usa como pretexto a caridade e a fraternidade para permitir tudo, de livros com erros históricos grotescos - como Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho e Há Dois Mil Anos - até falsificações sob a pintura mediúnica.

As pessoas se deixam iludidas por tantos erros e fraudes, e os líderes "espíritas", sabendo disso, recorrem a um discurso malandro de que "devemos perdoar, amar e orar", como se isso resolvesse os problemas dos erros sérios cometidos por eles.

Todos somos humanos e cometemos erros. Mas os erros que aqui se falam não são os erros cometidos por acidente, mas de propósito, para reforçar o sensacionalismo na crença espiritólica e seduzir as pessoas com essa mistura indigesta de misticismo, pieguice e esperteza.

Será que vale a pena aceitar estes erros propositais, que se valem da boa-fé das pessoas, a pretexto de ajudar as pessoas, assistir aos carentes, atender a crianças e idosos, além de outros que estejam em estado de muito sofrimento?

Não, não vale. A caridade e a fraternidade andam de mãos dadas com a ética. A honestidade é como se fosse o "oxigênio" da caridade e da fraternidade. Ajudar alguém também envolve relações de confiança, e se não existe honestidade, evidentemente essa confiança fica comprometida.

É impossível apelar para "mistérios da fé" ou outros argumentos. Se a pintura atribuída, por exemplo, ao espírito de Cândido Portinari, é falsa, com provas de conflitos entre o estilo do pintor quando em vida e o de seu suposto espírito, não há pretexto de "ajuda aos carentes" que possa justificar tamanha fraude.

Pelo contrário, a caridade e a fraternidade, ao serem usadas como pretextos para tais fraudes, ou para a descrição de erros históricos que põem em xeque (digamos até xeque-mate) a tese de que, por exemplo, Emmanuel viveu nos tempos de Jesus, refletem não apenas um erro, mas um delito sério contra esses mesmos pretextos.

Isso sem falar de tantas outras supostas caridades, como a educação espiritólica, da qual se falará em breve, que estabelece o preço da pregação ideológica por debaixo do aparato do ensino, fazendo com que pessoas aprendam a ler e escrever, mas sejam corrompidas pelos valores da "escola".

Há casos em que a caridade serve de pretexto até para "lavagem" de dinheiro, já que muitos corruptos se utilizam de ações filantrópicas para despejar nelas o excedente financeiro a ser confiscado pelo Imposto de Renda. Isso sem falar de outros aspectos. Em Salvador, a Rádio Metrópole FM contratou José Medrado para promover um aparato de espaço filantrópico na corrupta emissora.

Ajudar as pessoas não pode estar fora da honestidade. A fraude, o erro, a ignorância disfarçada da mais pedante pseudo-sabedoria, tudo isso mancha e trai qualquer ato filantrópico. A "caridaude" e a "pilantropia" são igualmente cruéis quanto qualquer descaso com o próximo, embora aparentemente consigam matar a fome de muitos, dar-lhes agasalhos para o frio e consolo para a tristeza.

Mas isso não se torna atenuante, porque a fraude, a desonestidade, quando se apoia nesses pretextos, torna-se uma dupla enganação, o que agrava ainda mais o erro. Daí que mesmo que consiga de fato ajudar as pessoas, o praticante não está livre de duras consequências desses atos, que se mantém mesquinhos por usarem a bondade como pretexto para praticar a mentira e a demagogia.

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