segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Autoridades cariocas dão exemplo de como políticos agem como se vivessem no Império Romano



Para o "movimento espírita" brasileiro, o Brasil é tido como país de vanguarda na comunidade das nações e nação predestinada a conduzir o futuro da humanidade. Desde que o "anjo Ismael" veio com esse papo de "Brasil, Coração do Mundo", os "espíritas" vêm com esse papo bom demais para ser verdade.

Enquanto isso, o Brasil vive uma situação de atraso retumbante, A desinformação generalizada, que não é resolvida, mas agravada pela overdose de informações na Internet, que faz as pessoas só saberem um pouco de tudo, mas nada entenderem com profundidade.

E as autoridades políticas, pasmem, parecem viver nos tempos do Império Romano, com o completo desprezo à coisa pública, governando com arbítrio que se equipara aos antigos políticos romanos, de mais de 1000 anos atrás.

Sim, isso é estarrecedor. E o Rio de Janeiro mostra os casos mais típicos desses políticos que desprezam o interesse público, impõem medidas antipopulares, apenas se diferindo dos antigos chefes romanos pela retórica que maquia suas intenções arbitrárias e sem benefício ao povo.

 
O PREFEITO DO RJ, EDUARDO PAES, EM PALESTRA AO LADO DO ENTÃO SECRETÁRIO DE TRANSPORTES, ALEXANDRE SANSÃO.

Um exemplo do que é essa mentalidade romana, que contagia 75% da classe política brasileira - ou seja, aquela que não apenas se corrompe "de vez em quando", mas aquela que leva ao extremo sua negligência com a causa pública - . está no grupo político do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

O Rio de Janeiro está entregue a uma linhagem de políticos que desprezam o interesse público, impondo medidas sensacionalistas para "modernizar" não só a Cidade Maravilhosa mas para atrair dinheiro de investidores estrangeiros.

E aí notamos a falta de altruísmo e uma completa ignorância ás pressões populares. O grupo político de pessoas como Luiz Paulo Conde, Eduardo Paes, Sérgio Cabral Filho, Luiz Fernando Pezão e tantos outros têm um modelo de cidade e de vida urbana que não é a do povo carioca, mas suas decisões sempre prevalecem.

Indiferentes às necessidades referentes à Educação, Saúde, Transporte, Urbanismo, Meio Ambiente e outras áreas, o grupo não adota como prioridades as medidas que realmente beneficiam a população, e quando muito apenas criam paliativos que nem de longe resolvem o problema e que só geram propagandas bonitinhas no rádio, na TV e na imprensa escrita e digital.

Só no caso dos Transportes, a Prefeitura do Rio de Janeiro comete uma série de arbitrariedades, irregularidades e malefícios desde que implantou uma suposta "licitação" do sistema de ônibus que nenhum benefício trouxe à população.

Com medidas que envolvem a pintura padronizada que confunde os passageiros de ônibus - empresas diferentes passam a ter uma mesma pintura - e redução de percursos de linhas de ônibus para "alimentar" a baldeação e o uso do Bilhete Único, o sistema implantado em 2010 é a expressão mais típica do egoísmo humano vista no Brasil.

Entre outras coisas, houve choque com artigos da própria Lei de Licitações e do Código do Consumidor, além de criar malefícios diversos, como a própria confusão da pintura padronizada e a perda de tempo que os passageiros sofrem depois da extinção de linhas diretas para certos bairros, não raro sofrendo atrasos no emprego duramente compensados até por "serão".

Há também a influência do arquiteto e político paranaense Jaime Lerner, com carreira criada durante a ditadura militar, que vende uma falsa imagem de intelectual progressista lançando um projeto tecnocrático, autoritário e cheio de aspectos negativos e retrógrados.

Nada mal para um país conservador como o Brasil, que abraça projetos conservadores sob verniz "progressista" ou "vanguardista" - vide o "movimento espírita" - , transformar o autoritário Jaime Lerner (ideologicamente seguidor da linha autoritária de Castelo Branco e do economista Roberto Campos) numa figura "superior" e numa falsa unanimidade.


O ATUAL GOVERNADOR LUIZ FERNANDO PEZÃO E SEU PADRINHO POLÍTICO, SÉRGIO CABRAL FILHO, DE QUEM PEZÃO FOI VICE EM OUTRA GESTÃO.

Mas as medidas prevalecem, com todos os seus malefícios, e as autoridades - incluindo o secretário de Transportes, Alexandre Sansão, que demonstra não ser lá um entendido em transporte coletivo - ainda têm o cinismo de dizer que são "problemas pontuais".

O ponto de vista é esse. Se uma medida é nociva e nós conseguimos suportá-la, e enquanto é possível camuflar e dissimular os graves prejuízos e até eventuais tragédias, tudo bem. Somos vítimas de um egoísmo humano que diz ser altruísta e se utiliza de discursos generosos ou argumentos pseudo-técnicos para tentar justificar suas medidas.

A falência de suas decisões arbitrárias, no entanto, não consegue ser disfarçada, e, no caso das tais Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), meros postos policiais instaurados em favelas, tornaram-se inúteis diante de nenhum empenho em promover a verdadeira urbanização dos subúrbios e na desfavelização que substituísse totalmente suas casas por uma estrutura urbana satisfatória.

Os subúrbios se tornaram ainda mais caóticos e tornou-se um perigo transitar entre o Galeão e o centro do Rio de Janeiro, diante dos complexos da Maré e do Alemão altamente perigosos. E, recentemente, os assassinatos de policiais, vários em UPPs, sinalizam a falência desse modelo de administração, arbitrário e tecnicista.

INSPIRADOR DOS POLÍTICOS CARIOCAS, O ARQUITETO JAIME LERNER É SEGUIDOR DE IDEAIS DA DITADURA MILITAR.

É a própria ignorância e um sentimento de negligência digno do Império Romano. É a ignorância do interesse público, que, quando muito, só condiciona os interesses arbitrários das autoridades à aparente redução dos malefícios da população, mas sem oferecer benefícios reais nem abrir mão de medidas maléficas mas que são do interesse das autoridades.

CABE APENAS ORAR - O "movimento espírita" aconselha as pessoas apenas a ficar orando para que as autoridades trabalhem em nosso benefício. Fácil dizer. Se for assim, até os políticos do Império Romano seriam uns amores de pessoas, cabendo apenas mantermos a vigília e capricharmos nas preces.

Mas é muito difícil apostar na oração como meio para resolver os problemas. As orações quase sempre são como água com açúcar e quase sempre trazem mais calma do que solução. Elas apenas aliviam tensões, mas muito raramente trazem, por si só, soluções definitivas, quando muito apenas propiciando a gente a buscar soluções de nós mesmos.

No caso dos políticos, o arbítrio deles continua sendo voltado ao prejuízo à população e, por isso, cabe, dentro de um regime democrático, pressionarmos para mostrarmos o quanto a arbitrariedade desses políticos é nociva e ineficiente. Neste caso, protestos são muito mais eficazes do que meras preces.

Seria melhor que a pressão popular venha à tona, abrindo mão do conformismo resignado que vicia corações e mentes da população, e mostrarmos a esses políticos que não estamos mais no Império Romano e que, portanto, nem sempre o que as autoridades querem é da vontade e do interesse da população. E que, se for para uma medida abusiva ser cancelada, ela terá que ser mesmo.

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