quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Jesus havia advertido sobre falsos sábios

DIVALDO FRANCO - Personificação da hipocrisia pseudo-sábia que havia sido alertada por Jesus.

"Haverá falsos cristos e falsos profetas", dizia Jesus àqueles que lhe ouviam, em diversas ocasiões cujos registros em parte se perderam, e outros ficaram para a posteridade nos relatos trazidos pelo Novo Testamento.

Jesus, que reprovava os tipos pedantes de fariseus e saduceus, devotos religiosos dotados de falsa sabedoria e pretensa superioridade espiritual e moral, que se arrogavam em ficar na frente de seus templos para orarem agradecendo à sua própria vaidade, havia feito alertas preciosos que foram ignorados ou mal compreendidos.

Com suas lições deturpadas pela tirania católica da Idade Média, Jesus previu a hipocrisia de pretensos sacerdotes e falsos profetas, que manipulavam corações e mentes exibindo uma suposta sabedoria e uma capacidade de dominar usando argumentos verossímeis e falsos alertas.

Jesus adotou atitude comum à do filósofo Sócrates, que denunciava a prática dos chamados sofistas, retóricos que se passavam por professores e intelectuais na Grécia Antiga para enganar seus ouvintes através de um discurso confuso que se pretendia demonstrar a verdade.

Como possível solução, que a prática não revelou infalível mas Sócrates considerava viável, era a chamada maiêutica socrática, que consistia em criar premissas para verificar se tal hipótese estaria próxima da verdade. Ela consistia em três etapas.

1) Criar uma ideia genérica - Tal fenômeno se expressa por determinada razão.

2) Depois, criar uma ideia complementar - o que se expressa por alguma razão é verdadeiro.

3) Em seguida, tem-se a conclusão - Logo, o fenômeno tal é verdadeiro.

Controvérsias à parte, o que se nota é que tanto Sócrates quanto Jesus, e sobretudo este, alertavam sobre a hipocrisia dos pseudo-sábios, habilidosos manipuladores das palavras, malabaristas dos argumentos verossímeis, enganadores espertos que seduzem os incautos com facilidade.

FARISEUS - Exemplos de pseudo-sábios que viveram na época de Jesus.

Com as sucessivas deturpações em torno de Jesus, que com toda sua missão pacifista foi promovido (ou rebaixado?) pelo Catolicismo medieval a um "senhor dos exércitos", general simbólico das cruzadas, verdadeiras milícias que promoviam guerras sanguinárias e tirânicas, suas lições originais foram desvirtuadas de maneira mais perniciosa possível.

O Catolicismo medieval distorceu a missão de Jesus, e, em seguida, com suas formas herdeiras, como o Catolicismo medieval português, que sobreviveu ao fim da Idade Média e mostrava vestígios até na época da viagem da família real para o Brasil, forneceu as bases doutrinárias para o empastelado "espiritismo" feito no Brasil.

Com a distorção do sentido de médium no Brasil, eliminando sua função intermediária do contato entre vivos e mortos e transformando-o num dublê de filósofo e consultor sentimental, vieram novos pseudo-sábios a ludibriar seus seguidores com uma habilidade assustadora em pleno século XXI.

Chico Xavier e Divaldo Franco tornam-se os maiores exemplos dessa falsa sabedoria, dessa confusão um tanto hipócrita de ignorância e humildade com sabedoria, por parte de Chico, ou da pose de serenidade professoral de palavras bem articuladas e argumentos muitas vezes falsos, mas verossímeis, por parte de Divaldo.

Eles trazem em si essa falsidade de palavras bonitas, que alimentam o poder dominador e castrador do "movimento espírita", por meio de "dóceis" lições moralistas, "palavras de amor" que adoçam corações e envenenam vidas, como é o caráter azarento que frequentemente marca o "espiritismo" em muitas pessoas.

Modernos fariseus, falsos profetas contemporâneos, Chico (in memoriam) e Divaldo puxam uma legião de seguidores e discípulos que fazem a mesma coisa: posam de humildes enquanto usam palavras bonitinhas para ludibriar as pessoas e promover o conformismo que trava o verdadeiro progresso social na humanidade, sobretudo no problemático Brasil.

Palavras como verdadeiras mercadorias sentimentais, dadas de graça para os ouvintes, sob o preço de sua submissão ao conformismo que o moralismo religioso determina às pessoas. Tudo fica para a vida futura, porque as pessoas têm que aguentar seu sofrimento sem criticar - como "aconselha" Emmanuel - e sem ficar triste - como "aconselha" Joana de Angelis - , mas "amando tudo isso".

Dessa forma, os modernos falsos profetas do "espiritismo" brasileiro, que traem as lições de Jesus bem mais do que o delator Judas Iscariotes, e condenam com dóceis palavras as pessoas a aguentar seu sofrimento e suas limitações, escravas da fé e da diabetes verborrágica dos falsos profetas contemporâneos, a procurar novos Jesus para crucificar com seu moralismo pseudo-sábio.

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