segunda-feira, 20 de abril de 2015

O desespero ao mesmo tempo vitimista e acusador do "movimento espírita"

UM DOS LIVROS MAIS DESPREZADOS PELOS "ESPÍRITAS" BRASILEIROS.

O Espiritismo não é a doutrina do Mal. Poderia ser a doutrina do Bem e do progresso humano. Mas, infelizmente, a Doutrina Espírita, no Brasil, é maculada, de forma mais perniciosa e traiçoeira, por "aventureiros" da fé, que tanto cometem traições quanto se passam por vítimas.

O "movimento espírita", com suas brincadeiras e perversidades, com suas intrigas e travessuras, é que acaba transformando o Espiritismo numa má doutrina, que se torna alvo de críticas severas, não pela doutrina em si, mas pelos erros gravíssimos cometidos em mais de 130 anos.

Os maiores traiçoeiros são aqueles que apunhalam pelas costas, com a fúria dos sanguinários, mas que depois choramingam em prantos infantis dizendo que são perseguidos porque fazem o bem e que estão sendo injustamente desmoralizados e condenados.

Nos últimos tempos, está havendo uma devassa dos bastidores do "espiritismo" brasileiro, que revelou uma série de erros e irregularidades bastante vergonhosas, e piores do que muitas seitas "protestantes", como a Renascer, a Igreja Universal do Reino de Deus e a Igreja Internacional da Graça de Deus.

Sem dúvida alguma, é chocante para muita gente que figuras badaladas como Chico Xavier e Divaldo Franco sejam agora rebaixadas aos níveis de L. Ron Hubbard, o fundador da Cientologia, ao a brasileiros como R. R. Soares e Edir Macedo. E, por incrível que pareça, esse rebaixamento procede, mesmo.

Tudo virou uma bagunça apoiada em processos fraudulentos, erros de abordagens e a apologia do sofrimento humano, que trazem uma mancha irremovível relativa aos graves erros do "movimento espírita", que na verdade é a doutrina que mais combate o Espiritismo de Allan Kardec, bem mais do que as outras religiões.

Erasto, em mensagem enviada por um médium a pedido de Allan Kardec, alertou que os espíritos traiçoeiros, encarnados ou desencarnados, se servem dos discursos mais lindos e das palavras mais doces e encantadoras para seduzir as pessoas e dominá-las com maior eficácia. Esse grave alerta revela que os piores inimigos do Espiritismo estavam dentro, e não fora, dele.

Isso foi divulgado em primeira hora, com Kardec ainda vivo, o que demonstra que o alerta tão cedo veio para nos prevenir. Mas o Brasil não preveniu e o Espiritismo que se fez no Brasil foi a mais anti-espírita doutrina entre todas da face da Terra. O "movimento espírita" brasileiro foi a doutrina que MAIS COMBATEU a doutrina de Allan Kardec, com severa intransigência.

Os processos de mediunidade e de outros fenômenos espíritas existem, mas o "movimento espírita", ignorando qualquer estudo sério, cria um vale-tudo e um faz-de-conta, no qual só as suas convicções terrenas, que mascaram a incompetência de supostos médiuns com o panfletarismo religioso, e são esses "espíritas" que mais ridicularizam todos os fenômenos da espiritualidade.

Desesperados, os líderes do "movimento espírita" agora tentam argumentar de todo jeito, criando um vitimismo com um certo ranço acusador. Choramingando por não aceitar admitir os próprios erros, eles não deixam de destilar a peçonha acusadora, quando querem salvar seus privilégios e seu desejo de supremacia sobre todas as religiões do planeta.

Dependendo das circunstâncias, vale até acusar Allan Kardec de "científico demais". Ou de achar que o raciocínio investigativo é obra de "paixões humanas". Sem poderem mostrar coerência, o "movimento espírita" vê aproximar-se o fim de sua supremacia doutrinária e da impunidade de seus erros e reage em pânico.

Seus argumentos pulam de um lado para outro sem apresentar uma lógica sequer. Num momento admitem que existem "maus espíritas", desde que sempre protejam os astros do "movimento", que cometeram erros sérios e gravíssimos.

Num outro momento, atribuem a crise que enfrentam à campanha "agressiva" de outros movimentos religiosos. Ou então, atribuem a situação em que vivem à campanha "condenatória" dos "homens da ciência", "corrompidos" pelas "paixões terrenas" e pelos "limites perceptivos da materialidade terrestre".

Sem justificar por que defendem o surrealismo da fé religiosa e caindo em contradições quando juram fidelidade a Allan Kardec (do qual eles traem violentamente, rompendo com seus ensinamentos mais valiosos), os líderes "espíritas" ficam confusos, desnorteados com os tempos em que as pessoas a cada vez mais exigem lógica e transparência.

Os erros "espíritas" estão muito claros. A exploração sensacionalista e mórbida das tragédias humanas, a apologia do sofrimento, os processos mediúnicos duvidosos que qualquer exame de grafia e conteúdo de mensagem, no caso de supostas psicografias, desmascara num instante, todos esses erros ocorrem, tanto em integrantes "menores" quanto nos maiores astros do "movimento espírita".

Isso é que preocupa o "movimento espírita", que vive uma crise grave que eles imaginavam ser apenas da Igreja Universal ou da Renascer. Apostando, de um lado, numa mal disfarçada herança do Catolicismo medieval, tirando dela apenas os aspectos mais coercitivos, e numa prática mediúnica improvisada e sem qualquer estudo sério da Ciência Espírita, o "movimento espírita" apresenta suas próprias razões para merecer essa crise.

Aliás, nem é a primeira ou a última crise, O histórico do "movimento espírita" encontrou crises violentas, como as do tempo de Afonso Angeli Torteroli, há mais de cem anos atrás, os escândalos causados por Chico Xavier ao longo dos anos e as crises do roustanguismo que tiveram seu apogeu nos anos 1970.

Tudo isso mostra os defeitos que o "espiritismo" brasileiro tem e que mostram que é essa a doutrina que mais combate e quer destruir Allan Kardec, rompendo com a essência de seu pensamento e apostando num religiosismo moralista que acoberta uma suposta mediunidade irregular e completamente divorciada da Ciência Espírita.

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