sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A estranha morte de um engenheiro em prédio de federação "espírita"


O "espiritismo", pelo jeito, dá azar. Embora tal constatação seja vista por muitos como "exagerada" e "injusta", ela procede na medida em que a doutrina é marcada por tantas e tão graves contradições, a começar por um roustanguismo nunca assumido mas quase que inteiramente praticado, enquanto se declara "fidelidade absoluta" ao Allan Kardec que é traído pelos "espíritas" setenta vezes sete vezes..

Nas últimas semanas, houve um assalto violento, com tiroteio, no último dia 30 de julho, na Rua Leandro Mota, no Jardim Icaraí, em Niterói. É a rua onde fica um "centro espírita", o Irmã Rosa, e em seu entorno já havia ocorrido um assalto no mercado Tay, na Rua Mariz e Barros. No caso da Leandro Mota, sete ladrões assaltaram um restaurante, e, após um tiroteio, dois foram presos e os demais fugiram.

Em Jaboatão dos Guararapes, um "centro espírita" foi assaltado. Dois dos seis ladrões se passavam por ouvintes da doutrinária, e renderam os demais, por volta de 21h30 do dia 06 de julho passado. A polícia foi chamada e, no tiroteio, dois ladrões, um policial e uma frequentadora morreram.

O mais recente incidente trágico ocorreu na sede da Federação "Espírita" do Estado de São Paulo (FEESP), que nos tempos do presidente da FEB Antônio Wantuil de Freitas era a federação regional que tinha algum poder decisório além da direção central da federação brasileira.

O engenheiro Cláudio Arouca, de 49 anos, que morava na Bahia e periodicamente viajava para São Paulo, havia dado como desaparecido no último dia 13 de julho. Dois dias depois, dentro do prédio da FEESP, no centro da capital paulista, um funcionário da limpeza encontrou o cadáver do engenheiro, aparentemente sem sinais de violência, no banheiro.

Arouca era divorciado e uma namorada foi a primeira a ser informada do óbito. O corpo do engenheiro estava em adiantado estado de putrefação e foi enterrado num caixão lacrado. A família de Arouca tem histórico de doenças cardíacas e ele estava com sobrepeso, segundo familiares da vítima.

No entanto, nada foi concluído até agora, pois o laudo está em andamento. Houve suspeitas de ter havido suicídio, embora a hipótese de crime cometido por outrem não tenha deixado vestígio. Em todo caso, a ocorrência passou a ser investigada na condição de "morte suspeita".

Devoto do "espiritismo" há pouco tempo, Arouca foi logo morrer e sentir mal-estar num "centro espírita". Em tese, pelo valor que a doutrina igrejeira dá a si mesma, a tragédia poderia ter sido evitada, mesmo nestas condições. Mas as energias pesadas que o "espiritismo" atrai para si fazem com que justamente as "casas espíritas" sejam um reduto de energias pesadas que refletem psicologicamente na vida das pessoas.

Em condições quase semelhantes, o ator José Wilker, que era ateu, faleceu de infarto fulminante, havia consultado um "centro espírita" para curar de problemas de saúde. Ele cogitava fazer uma cirurgia espiritual para um problema cardíaco, pelo fato de ter sido fumante. Mas, pelo jeito, os "amigos de luz" nem estavam aí e o Brasil perdeu uma das figuras mais brilhantes, um ator, diretor e ativista cultural dos mais vigorosos e cultos.

Sobre Cláudio Arouca, os familiares se queixam da proibição da FEESP deles terem acesso às imagens do circuito interno. O irmão, André Arouca, e a ex-mulher do engenheiro, Adriana Colombo, estudam processar a federação por danos morais, pelo fato do morto ter sido enterrado à revelia da família e a entidade não ter dado satisfações aos familiares, chegando a alegar que as imagens não haviam sido liberadas porque "haveria uma festa acontecendo".

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