sábado, 13 de janeiro de 2018

As sintonias mútuas de Chico Xavier e Aécio Neves

CHICO É AÉCIO, AÉCIO É CHICO.

Muitos "espíritas" podem torcer o nariz, mas dois mineiros aparentemente diferentes revelam não só afinidades de trajetórias como admiração mútua, e isso é comprovado por fatos e por ideias, e, queiram ou não queiram as pessoas, isso não é relato de invejoso nem invenção de fake news.

Francisco Cândido Xavier, para desespero de muitos, foi um arrivista no qual foram identificadas irregularidades diversas e muitas confusões em sua trajetória, que nunca teve a limpidez e a coerência que tanto se atribui.

Chico Xavier criou obras fake tidas como psicográficas, que uma leitura simples consegue ver que escapam dos estilos pessoais dos autores alegados, mas refletem o estilo pessoal do "médium". Chico também teve outros aspectos sombrios, como a defesa da ditadura militar em um programa de TV de grande audiência, com direito a comentários raivosos contra camponeses, operários e sem-teto, gente humilde que é "condenada" por organizar-se politicamente.

Mas outro aspecto sombrio que chama atenção é justamente o que oficialmente é definido como a "sua maior bondade": a divulgação de "cartas mediúnicas", atribuídas a familiares mortos, que, além de apresentarem indícios fortes de obras fake, com denúncias de "leitura fria" e copidescagem bibliográfica, exploram de maneira ostensiva as tragédias familiares, superexpondo os parentes vivos, prolongando o luto e alimentando os noticiários sensacionalistas com mais matérias.

Só esses aspectos sombrios, além da forte suspeita de revanche na usurpação do nome de Humberto de Campos por Chico Xavier - que, provavelmente, não deve ter gostado do texto irônico do cronista, quando este era vivo, a respeito de Parnaso de Além-Túmulo - , colocam Chico Xavier em situação semelhante a de Aécio Neves, político conhecido pelos fortes escândalos de corrupção.

Até no aspecto da "filantropia", Chico não escapa de Aécio, mesmo de forma indireta. Considerado um dos melhores amigos de Aécio Neves e sócio de muitos negócios, o apresentador de TV Luciano Huck, admirador confesso do "médium", também apela para a caridade paliativa do Assistencialismo e personifica os mesmos apelos "caridosos" que a Globo trabalhou na imagem do "médium" mineiro.

O próprio Huck, pré-candidato à Presidência da República, visitou a terra natal de Chico Xavier, a cidade de Pedro Leopoldo, para gravar um quadro do Lata Velha, que faz parte das atrações de Assistencialismo que se comparam à caridade paliativa do "médium", aquela caridade que traz poucos resultados sociais, mais servindo para a promoção pessoal do religioso, alvo de histérica idolatria.

Sabe-se que muito da imagem "caridosa" atribuída a Chico Xavier pelos seus admiradores foi um mito bem construído pela Rede Globo de Televisão e aceito sem críticas pelo forte apelo emocional, aos níveis piegas de várias de suas novelas. Esse mito remete de longe, vem de Malcolm Muggeridge, que fez o mesmo para inventar o mito de Madre Teresa de Calcutá e cujo discurso foi adaptado pela Globo para reinventar o mito do "médium" de Pedro Leopoldo e Uberaba.

Há depoimentos, tanto de parte de um quanto de outro, que indicam admiração mútua entre um e outro. No caso de Chico, mostramos uma suposta previsão, atribuída ao espírito André Luiz, que, na verdade, era fictício, que indica o desejo, desde 1952, do "médium" em ver na Presidência da República um político com as caraterísticas de Aécio Neves. A mensagem, em razão do Natal, foi dada no "centro espírita" Jesus de Nazareno, em Congonhas (MG), em 23 de dezembro de 1952:

No caso de Aécio, são dois depoimentos que foram dados em 30 de junho de 2002, em razão do falecimento do "médium", que no final da vida recebeu a visita do tucano, na qual houve uma calorosa recepção. Primeiro, mostraremos a "previsão", depois as frases do hoje senador tucano:

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MENSAGEM DE NATAL

Francisco Cândido Xavier - atribuído ao espírito André Luiz - "Centro espírita" Jesus de Nazareno, Congonhas, Minas Gerais, 23 de dezembro de 1952.

"O mundo caminha para grandes conquistas e também para grandes catástrofes. O engenho de guerra que assombrou o mundo com a destruição moral e material de Hiroshima e Nagashaki será a causa de desentendimentos no mundo inteiro. No Brasil, um líder operário terá morte violenta, pois as forças espirituais que vivem no cosmos pedem ao Supremo Criador justiça por tudo o que foi feito de bárbaro em nome do Supremo Criador e da Pátria.

Com o desaparecimento deste, o Brasil vai passar por momentos difíceis, diversos movimentos armados vão abalar profundamente a estrutura nacional. Em meio a isto virá um homem da terra do Mártir Tiradentes, e, apesar das pressões, muito irá fazer pelo Brasil, inclusive será o criador de uma Cidade Jardim, tal qual o Éden, diferente de todas as cidades, mas será substituído por outro que muita confusão irá criar e, na sua saída injustificada, vai deixar a nação abalada, e deste abalo vai começar o período crítico, até que o homem do patriotismo, vindo também da terra de Tiradentes, irá cercar-se de outros e vão derrubar a viga mestra da confusão e então muita coisa nova vai acontecer. 

Homens, mulheres e crianças vão sofrer conseqüências justas provocadas por erros anteriores. O regime será combatido e até abalado, mas, muitas nações darão crédito e respeito ao Brasil.
Com a mudança dos homens, muitos que foram o esteio da situação serão chamados a prestar contas a Deus, então o sol, as enchentes e o frio vão criar a fome e o desespero, não só no Brasil, mas também no mundo.

Mas, no fim de tudo, vai aparecer um homem franco, sincero e leal que, montado em seu cavalo branco e com sua espada, dará uma nova dimensão e personalidade aos destinos do Brasil, corrigindo injustiças e fazendo voltar a confiança e esperança no futuro do Brasil.

Será combatido e criticado por seu temperamento e atitudes, mas ele contará com a proteção das Forças Supremas que habitam o Cosmos, e o Brasil será verdadeiramente o coração do mundo e, apesar de crises e ameaças, internas e externas, que irão aparecer, ele será sempre o fiel da balança pela sua fé e esperança no destino do Brasil a ele confiado".

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DEPOIMENTOS DE AÉCIO NEVES À IMPRENSA EM RAZÃO DA MORTE DE CHICO XAVIER

30 de junho de 2002.

"Chico Xavier é uma referência única de trabalho e solidariedade não só para os mineiros, mas para todos os brasileiros. Mesmo estando em estágio avançado de sua doença, ele continuava recebendo peregrinos que viajavam para encontrá-lo. Ele será sempre um exemplo de vida e humanidade muito importante. Ele era uma figura muito confortadora para todos, independente da religião de cada um".

"Em sua grandiosa simplicidade, ele será sempre uma referência para todos que, de alguma forma, têm responsabilidade pública. Minas, o Brasil, o mundo ficou menor com a morte de Chico Xavier".

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