domingo, 18 de fevereiro de 2018

Robson Pinheiro e seu texto equivocado sobre Allan Kardec


Com um texto aparentemente "correto" mas bastante cansativo, o escritor "espírita" Robson Pinheiro, conhecido pelos seus livros reacionários e pela apropriação de nomes como Cazuza (apenas pela citação do suposto espírito Ângelo Inácio), Getúlio Vargas e Jules Verne (conhecido no Brasil como Júlio Verne), dá uma longa divagação sobre Allan Kardec, como se o autor de A Quadrilha: Foro de São Paulo fosse uma "autoridade do Espiritismo".

Com argumentos verossímeis, ele tenta interpretar Allan Kardec como ao mesmo tempo um pacifista e um mercenário, e até parece, até certo ponto, correto quando se fala que instituições precisam sobreviver financeiramente. Mas o longo texto mostra, todavia, que Robson se contradiz em vários pontos.

Robson é um deturpador do Espiritismo e serve ao igrejismo à sua maneira, independente da linha da FEB consagrada pelos "médiuns espíritas" mais badalados. Mas diz criticar o igrejismo "espírita" como efeito exacerbado da "tradição judaico-cristã", um igrejismo que o próprio Robson pratica em suas instituições.

Ele declara que investe em cursos gratuitos e instituições que oferecem serviços gratuitos mas enfatiza a necessidade de "comercializar livros", sobretudo as obras reacionárias que acusam o ex-presidente Lula e seus pares de estarem "sob influência de espíritos inferiores". É claro que esse reacionarismo se encontra de uma forma ou de outra até em Divaldo Franco - apesar da complacência das esquerdas em relação a esse "médium", mas em Robson ele vai às últimas consequências.

Reproduzimos então o longo texto de Robson, que parece coerente mas não é, até porque, sendo um "médium" como se existe no Brasil, produzindo obras fake que atingem o grande público e se tornam sucesso de maneira impune, não se espera coerência de alguém desse perfil. Ele é um mistificador que pensa estar estimulando o conhecimento e o debate, e um reacionário que pensa estar agindo em favor dos brasileiros.

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O DINHEIRO, O MOVIMENTO ESPÍRITA E O IGREGISMO ESPÍRITA

Por Robson Pinheiro - Extraído de sua página pessoal

 Quero fazer uma abordagem aqui neste artigo e depois que você o ler totalmente, até o final, quero que faça uma reflexão com sinceridade.

Você conhece realmente a obra de Kardec? No Brasil, se faz realmente o Espiritismo como Kardec pretendia? Como lidar com o dinheiro e ao mesmo tempo ser fiel aos princípios do codificador?
E a grande pergunta final: porque o espiritismo não deu certo na Europa e caminha a passos lentos no resto do mundo?

Topa fazer uma análise comigo? Será que você tem coragem de mergulhar um pouco na história do espiritismo? Vamos lá!

Ao estudarmos as obras de Allan Kardec, notamos o quanto ele fez muito bem o seu papel de codificador e além de tudo, de divulgador da causa e da doutrina Espírita. Isto se pode chegar a claras conclusões após a leitura de a “Revista Espírita” de Alan Kardec, o livro “Viagens Espíritas” e o livro Obras Póstumas, estes quase desconhecidos do movimento espírita e dos pseudos-sábios e espiritualizados.

O Codificador elaborou uma revista mensal com textos muito bem escritos, e com uma linguagem clara e acessível, tanto quanto com qualidade impecável para a sua época. Nesta revista ele relatava suas experiências como divulgador e propagador das ideias espíritas, da doutrina em si e dava respostas os seus críticos, e o que muita gente não sabe, ele não media palavras para responder a pessoas levianas, e mal intencionados que o afrontavam acusando-o de diversas coisas, inclusive de viver com dinheiro da doutrina espírita.

Por muitos anos a Revista Espírita cresceu, se propagou e se transformou num meio de comunicação entre o Codificador e os diversos núcleos Espíritas que se iam formando na França e fora dela. Foi um sucesso tal que chegou mesmo a ter assinantes em outros países do mundo, o que denotava a capacidade de Kardec de elaborar bem as questões apresentadas, de sua competência na divulgação e defesa dos postulados espíritas, embora os obstáculos que ele enfrentava em sua época, de transporte e entrega da “Revista Espírita” a quem as assinava. E teve uma tal repercussão que o próprio Kardec teve a iniciativa de ele próprio sair vendendo a Revista Espírita por onde ele andava divulgando a Doutrina e fazia exposições ou palestras, além de vender os livros espíritas.

(Ele os vendia e não dava de graça). Inclusive chegou a defender a ideia de que os livros espíritas não deveriam ser vendidos mais baratos que os demais. Sim, leia a “Revista Espírita” e “Viagens Espíritas”. Kardec próprio fala disso nos livros acima citados. Quando viajava para divulgação, Kardec inclusive descobriu que podia encomendar retratos de si e vende-los para manter a obra e assim o fez, várias vezes, para arrecadar dinheiro para as viagens de divulgação e para a própria manutenção, inclusive vendendo o Livro dos Espiritos e mantendo-se com o dinheiro do mesmo. Embora isso os espíritas em geral, desconheçam ou não queriam ler.


Ao estudarmos o livro de Kardec intitulado “Viagens Espíritas, ficamos sabendo dos detalhes e dos resultados do que Kardec fazia. Caso você não tenha este livro, adquira-o imediatamente e leia o seu conteúdo. Pois é o que vamos analisar aqui neste artigo.

A pergunta que se impõe é a seguinte: Se fôssemos fazer um cálculo matemático, uma projeção lógica, qual seria a consequência mais razoável do resultado de uma divulgação da forma como Kardec fazia?

A resposta é lógica e inequívoca: a doutrina Espírita alcançaria resultados mundiais, ou seja, se alastraria pelos países do mundo de maneira atingir os objetivos do Espírito Verdade que seria levar aos quatro cantos da Terra a palavra dos imortais. Como ocorria naqueles primeiros momentos na França, ela poderia ter se espalhado em diversos outros países do mundo e logo veríamos a terra toda se encher das verdades espíritas.

Mas isso nunca aconteceu! Pelo menos até agora.

Mas porque nunca ocorreu isso? Diante de ideias tão claras, de uma doutrina tão maravilhosa e de argumentos tão lógicos como os empregados por Kardec porque o espiritismo minguou e foi cada vez mais ficando difícil sua divulgação?

Caso tivesse se alastrado, como previra e queria o Codificador, a Doutrina Espírita teria mudado radicalmente a história da humanidade.

Mas isso realmente não ocorreu, nada disso se realizou. E porquê? Será que você conhece a realidade da história do Espiritismo?

Porque diante de um avanço tão marcante, da receptividade tão espontânea da população perante a mensagem Espírita, pelo menos enquanto Kardec estava encarnado, de repente a mensagem Espírita murchou da forma como ocorreu assim que Kardec desencarnou? Porque o retrocesso na divulgação do Espiritismo, e no alcance da sua mensagem consoladora?

Minha pergunta a quem quer que seja, é: você conhece a resposta desse retrocesso ao avanço do Espiritismo no mundo?

Será que após contextualizar a história do espiritismo, você seria capaz de entender, de responder o porque o Espiritismo não deu certo na Europa e em outros continentes?

A resposta é: a palhaçada promovida por muitos espíritas não é coisa que venha de hoje minha gente. É algo antigo, desde a época de Allan Kardec.

A atitude dos Espíritas perante a divulgação da Doutrina que dizem abraçar e defender, foi a maior causa do obstáculo que Allan Kardece enfrentou e se enfrenta até os dias de hoje. Kardec foi o primeiro alvo da maldade de diversos Espíritas; ele foi a primeira vítima e o Espiritismo, como Doutrina, a segunda vítima.

Allan Kardec fazia viagens Espíritas pela Europa (vide o livro Viagens Espíritas) custeadas todas com o dinheiro do próprio bolso, quando ele vendia livros impressos às suas custas, ele mesmo fazia as palestras e, nas suas viagens, a divulgação fazia um enorme sucesso.

Em todos os lugares por onde ele andava, para onde ele viajava, a doutrina crescia, avançava, e era conhecida pelo seu ardor, pela forma brilhante como ele expunha a mensagem espírita, pela convicção com que ele divulgava e falava da doutrina dos Imortais.

Na primeira viagem eram 30 pessoas assistindo; quando ele retornava ano seguinte, eram muito mais de 200 pessoas e isso crescia substancialmente a cada vez que ele viajava para divulgar a doutrina. Impressionante os resultados obtidos por Kardec.

E novamente uma pergunta: sera que o codificador agradava aos espíritas parisienses de sua época? Com tamanho dinamismo, será que ele agradou os seguidores da doutrina dentro da França?

E sabem qual é a resposta? É claro que não! Ele desagradou e muito aos espíritas de sua época e da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, principalmente, Instituição fundada por ele próprio.

O resultado do trabalho de Kardec inspirou muita raiva por parte dos espíritas de Paris, vários comentários levianos, pretenso excesso de religiosismo e o desconhecimento total dos projetos dos Espíritos, fizeram com que os espíritas daquela época metessem a língua em Kardec acusando-o de todas as maneiras possíveis; a maledicência rolou solta contra o codificador contra o qual os próprios espíritas falavam e divulgavam que Kardec estava ficando rico à custa da doutrina; que ganhava dinheiro com a venda dos livros e ainda nos dias de hoje, este DNA da acusação e do desconhecimento da proposta dos Espíritos faz com que sobreviva em muita gente, inclusive gente boa e em muitos seguidores da doutrina a mesma situação da época de Kardec. Ou seja, a maledicência e as acusações sérias, de conteúdo complexo, sobre quem faz o trabalho de divulgação ou mesmo sobre qualquer pessoa que esteja fazendo sucesso em sua obra ou trabalho espiritual.

Enfim, nos dias atuais a situação é a mesma entre muitos que dizem defender a pureza doutrinária, que continuam no mesmo comportamento dos espíritas da época de Kardec. Este comportamento começou em Paris nos dias do Codificador, a reação dos espíritas se incomodarem com pessoas que fazem sucesso na divulgação das ideias espíritas, mas não é somente isso. Vejamos a seguir.

Será que a sociedade francesa e parisiense daquela época não estavam de olho no comportamento dos espíritas? Na conivência dos espíritas com o Codificador e com eles próprios para ver se valeria a pena aceitarem a doutrina que diziam os espíritas, veio para renovar o mundo? Será que os franceses e o restante da Europa não ficavam de olho para verem se o comportamento dos espíritas era reflexo da mensagem que divulgavam? Que suas atitudes eram realmente condizentes com os ensinamentos que o Codificador espalhava pela Europa?

Ou seja, a prática do espiritismo entre eles próprios, os espíritas, que pregavam a teoria espírita, era condizente com a amabilidade da doutrina pregada por Kardec? Que tais atitudes dos espíritas perante o Codificador, refletiam a fraternidade, a tolerância, a humildade, a compreensão e indulgencia tanto falada no Evangelho pregado pelos espíritas da época eram realmente vivenciados por eles? Enfim, será que os espíritas praticavam a doutrina que diziam abraçar?

Bem, acredito sinceramente que neste ponto das reflexões já deu para você leitor, ter uma reposta por si mesmo sobre o porque o espiritismo não deu certo na Europa. Os espíritas foram os maiores inimigos da doutrina que julgavam defender. O religiosismo exacerbado herdado do sistema judaico católico, transferiu-se junto com os espíritos reencarnados, para dentro do próprio movimento.

Diante das injúrias, dos ataques dos espíritas ao próprio Codificador, e de tudo o mais que falavam contra ele, Kardec escreveu em “A revista Espírita”, a qual está editada por diversas editoras espíritas no Brasil e infelizmente quase nenhum espírita ou defensor da pureza doutrinária sabe o conteúdo. Mas faço aqui a transcrição exata das palavras do Codificador diante da situação enfrentada por ele no movimento espírita da sua época, ou diante das acusações feitas a ele:

Revista Espírita, de Allan Kardec, traduzida pelo Dr. Julio Abreu Filho e publicada pela Livraria Allan Kardec Editora (LAKE), de São Paulo. O volume de 1862 ele escreve:

“Não tenho que dar satisfação de meus negócios a ninguém”.

Em todo caso, e para que não se ficasse pensando que ele realmente ganhara dinheiro com os seus trabalhos, Kardec esclareceu:

“Entretanto, para contentar um pouco os curiosos, que se deveriam se meter apenas com o que é da sua conta, direi que, se tivesse vendido meus manuscritos, apenas teria usado do direito que todo trabalhador tem de vender o produto de seu trabalho…”

E vejam que ele, Kardec, não respondia com palavras suaves e nem passava a mão na cabeça de ninguém.

Dinheiro e a postura de Kardec

Ainda na“Revista Espírita”, vol. De 1862, pág. 179, mais um trecho interessante e judicioso onde Kardec se expressa quase desabafando, ante as acusações dos espíritas. Disse Allan Kardec:

“Quanto ao lucro, que me pode vir da venda de minhas obras, não tenho que dar conta de seu montante, nem do emprego que lhe faço.”

E você sabe que Allan Kardec nunca teve nenhum constrangimento em cobrar para os médiuns participarem da sociedade parisiense de estudos Espíritas? Sim! Isso mesmo. Ele tinha despesas, inclusive com o aluguel do imóvel onde funcionava a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e cobrava para os médiuns participarem das seções, dos estudos ali realizados. Não era de graça. Então dá para se ter uma ideia do porque o espiritismo não vingou naquela época. Os espíritas foram o maior empecilho para a divulgação das ideias espíritas.

Agora, dando um salto no tempo, aos dias atuais, a pergunta é a mesma daquela época de Kardec, embora a resposta tenha se ampliado ainda mais:

Porque cobrar? E, como fazer divulgação espírita nos dias atuais sem dinheiro?

Bem, não sei quanto aos diletos “irmãos” que trabalham na divulgação da doutrina Espírita, mas quanto a nós do Instituto Robson Pinheiro, e da Casa dos Espíritos, darei a resposta conforme a realidade nossa atual:

Temos nossas obras sociais nas quais atendemos mais de 2000 pessoas gratuitamente e semanalmente, na sociedade Espírita Everilda Batista.

Contudo, descobrimos depois de mais de 22 anos de atividades ininterruptas, que dinheiro para manter estas obras, não caem do céu e nem se materializam em reuniões mediúnicas, como também não se materializavam na época de Kardec.

Mantemos uma escola de Espiritismo onde os cursos presenciais são totalmente gratuitos o ano todo, com mais de 300 alunos estudando, sem pagar nada pelas aulas, cursos e tratamentos a que se submetem.

Mas alguém tem de pagar as contas de manutenção, de água, luz, telefone, funcionários – isso mesmo, funcionários e não voluntários espíritas espiritualizados e santificados.

Uma editora que para sobreviver tem de enfrentar os mesmos dilemas de qualquer outra empresa no mundo, inclusive a inflação que, se você não sabia, não foi inventada por nós da Casa dos Espíritos – sabiam disso? Que não somos nós que colocamos preço no papel para imprimir os livros e nem colocamos preço na mão de obra cobrada pelas gráficas? E nem somos nós que estimulamos a inflação? Pois é, disso ninguém pode nos acusar.

Temos mais de 12 funcionários trabalhando na editora diretamente e mais outros indiretamente, além de contratarmos uma empresa que presta serviços para a divulgação, fazendo os as capas dos livros, a diagramação, a correção gramatical a qual é feita por uma profissional que trabalha de maneira remunerada para a editora e que também pagamos impostos e transporte para os livros, além de um monte de outros tributos que não fomos nós que inventamos e nem criamos; mas como toda empresa está sujeita a eles e a Casa dos Espíritos não é diferente e nem nenhuma empresa que faz a divulgação da mensagem espírita está isenta desses gastos.

E quanto à internet? As transmissões de programas, cursos e outras coisas do gênero? Acham que é de graça?

Talvez alguns não tenham notado nos eventos que promovemos o tanto de problemas que tivemos na transmissão de mensagens, palestras e lançamento de livros. Mas… bem, aqui vai algumas coisas necessárias para que possamos manter as transmissões via internet em dia:

Compra de Softwares, necessários para manter uma boa transmissão e qualidade da mesma. E olhem que ainda estamos longe disso, dessa qualidade toda… Licenciamento de softwares, isso mesmo, não pirateamos softwares, nós compramos licenças de uso e pagamos caro por isso.

Exclusivamente para mantermos as transmissões, gravarmos, fazer edição dos videos, atualmente, por não termos condições financeiras para algo mais arrojado, temos apenas 3 profissionais, com um valor de folha de pagamento aproximado de 15 mil reais, o mínimo necessário para levar ao ar estas imagens, cursos, estudos e tudo o mais que estamos providenciando para o público. E são profissionais de imagem e edição, pessoas que não dedicam e nem podem dedicar de graça o seu tempo, pois o trabalham quase 24 horas e precisam comer, pagar suas contas e pagar outros cursos que fazem para se capacitarem a realizar o trabalho minimamente aceitável e com qualidade.

E estúdio, ah! Isso é complexo. Mutas vezes tivemos de improvisar nos fundos de minha casa para as gravações, mas o improviso mostrou-se complicado na hora da edição dos videos e do som, então, partimos para o aluguel do estúdio e agora, investindo na possibilidade de construir um estúdio próprio na Clínica Holística Joseph Gleber, para transmitir os programas que estamos elaborando e os demais cursos, gratuito e pagos, para quem quiser. E olhe que após conseguirmos o projeto arquitetônico e o trabalho do engenheiro gratuito, ainda assim, as despesas somam até agora o valor aproximado de 80 mil reais, e isto sem os equipamentos finais do estúdio. Somente a construção em si. Inflação? Nada disso! Bem vindo ao planeta terra, ao mundo dos escarnados…

Compra de equipamentos é outro fator que merece ser relatado a vocês. Não há como gravar, fazer edição de imagem e som, sem iluminação apropriada, sem computadores preparados exclusivamente para isso, com seus programas, softwares e muito mais, inclusive cursos que nos ensinem a fazer tudo isso e que propiciem aos profissionais envolvidos – profissionais e não voluntários -, recursos pára trabalharem com esses equipamentos.

Atualmente adquirimos equipamentos apenas para o início das atividades na internet, como monitores, computadores, pagamento de servidores para aguentar a demanda de pessoas acessando tudo (Amazon e outros servidores) e o que direi mais?

Bem, e se algo render todo este trabalho, pretendemos investir no término da construção da Clínica Holística Joseph Gleber e na Aruanda de Pai João, instituições que realizam “de graça” atendimentos na área social, mediúnica, de saúde entre outras atividades, as quais estão localizadas juntamente com a Sociedade Espírita Everilda Batista, respectivamente, nas cidades de Sabará e Contagem, em Minas Gerais.

E com tudo isso, aí sim, após estes investimentos todos que fazemos em geral com curso pagos, podemos manter gratuitos, os cursos presenciais os quais exigem algum investimento em material, capacitação dos nossos professores.

Ou seja, os mesmos cursos presenciais que se podem fazer gratuitamente, só são possíveis graças aos cursos que ministramos, pagos. Mas caso as pessoas não queiram pagar, poderão se matricular nos presenciais que são de graça, diretamente na Casa de Everilda Batista, mas sabendo o seguinte: aquilo que para alguns é de graça, tem alguém que arca com as despesas. Isso posto, esclarecemos: “dai de graça o que de graça recebestes”, não se aplica ao nosso caso e a nenhuma outra instituição, empresa ou trabalho via internet ou presencial. Pelo menos para nós, o de graça nunca ocorreu. Sempre tivemos de pagar as despesas pela construcão e manutenção de nossas obras sociais.

Porque cobrar?

 Primeira questão: manutenção de tudo isso de que falei anteriormente. Depois, como consequencia, a cobrança de cursos, tanto quanto a gratuidade de outros, faz com que ocorra a natural seleção entre os realmente necessitados, os fofoqueiros, os caluniadores, e os formadores de opinião. Isto é algo natural do processo seletivo.

Depois, o fato de cobrar pelos cursos, além de podermos manter a divulgação e investirmos na qualidade e manutenção dos mesmos, forma a cultura de investir na cultura, seja espiritual ou de forma geral. Sem cobrar seria imposível o Robson Pinheiro e qualquer outro divulgador da mensagem espírita, manter todas estas obras de graça para quem realmente necessita.

Ainda assim, caso sobre dinheiro, o que até agora não vimos ocorrer, – ao contrário -, podemos investir na divulgação espírita em outros países.

Sabiam que quando viajamos para outros países, os centros espíritas que nos convidam nunca pagaram passagens, hospedagem, nem alimentação?

E que nunca conseguimos contar sequer com ajuda de custos das viagens?

E que pagamos alto preço por excesso de bagagens, ao levarmos livros, o medicamento água viva para distribuir gratuitamente nos centros da Europa e em outros continentes?

Para se ter uma idéia, na última viagem que fizemos pagamos mais de 2000 dólares de excesso de peso por levarmos os livros espíritas, os quais foram vendidos com desconto, embora o prejuízo, e amargamos um sério prejuízo; Sabiam também que as pessoas que viajam comigo pagam do próprio bolso as passagens, hospedagens e alimentação? Sabia disso? Que nenhum centro espírita paga estas despesas para os oradores? Mesmo porque são caríssimas e os investidores das companhias aéreas não são espíritas e nem caridosos a ponto de isentar-nos das taxas, das passagens e nem da hospedagem?

Pois bem amigos, pensem um pouco nisso e façam as contas com suas calculadoras… de preferência antes de xingarem, brigarem ou tentarem difamar qualquer orador espírita que faz uma tarefa de divulgação. Lembremo-nos de Kardec em sua época e entenderemos porque o codificador morreu angustiado com os espíritas e com a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas que diziam que ele estava enriquecendo com o dinheiro da venda dos livros espíritas.

Outra questão que se impõe e eu a descobri com a experiência em meu trabalho professional. Quando eu atendia como terapeuta holístico, em geral eu tirava um dia na semana para atender de graça as pessoas que não podiam pagar, ou diziam não poder. Nenhuma delas, absolutamente nenhuma, chegou a termo, ou levou o tratamento a sério. Nenhuma mesmo. Todas abandonaram o tratamento, exatamente porque não investiram um centavo nele.

E foi aí que descobri que temos três públicos. O primeiro que realmente não pode pagar, mas falta vontade de melhorar e em geral é o mais exigente de todos. O segundo, os que dizem não poder pagar tratamento, cursos, especialização e cobram de tudo e todos, do governo, das pessoas dos médiuns, que tudo seja gratuito – os vampiros energéticos que vivem como sanguessugas espirituais. Estes não podem pagar cursos, nem tratamento e nem nada, a não ser as cervejas, a tv por assinatura, a televisão de última geração, a manutenção do carro, o apartamento, algumas festinhas, mas investir em si mesmo, nada. E disso eu falo em meu curso de autodefesa.

E finalmente os formadores de opinião, os livre pensadores. Estes sabem o que querem, investem no auto conhecimento e incentivam outros a formarem opinião e se auto transformarem. Para os dois primeiros, temos as atividades gratuitas da Casa Espírita -, digo gratuitas para eles, pois nós pagamos as despesas. Hoje, para nossa casa abrir, somente a Casa de Everilda Batista, sem contar as outras instituições, temos um gasto fixo de 7.000,00 sete mil reais mensais. Isto para as pessoas receberem de graça os passes, as orientações mediúnicas, o magnetismo, a bioenergia, as psicografias de cartas consoladoras as cirurgias espirituais, estas sim, dependentes dos espíritos e por isso de graça. Inclusive, de graça, os cursos ministrads pela UniSpiritus, Universidade do Espírito de Minas Gerais, absolutamente gratuitos. Ufa! Falei demais… mas ainda não acabou.

Bem, e é bom entender que na internet, nós não estamos fundando um centro espírita virtual. Isto aqui não é casa Espírita, portanto, a parte que podemos disponibiizar de graça, como os módulos do curso de auto defesa e outros tantos que já tenho na manga para compartilhar gratuitamente, inclusive livros digitais, precisam ser sustentados, ter suas despesas pagas e mantidas por alguém, isto sem falar no trabalho de divulgação espírita dentro e fora do Brasil.

Portanto, aqui nunca pretendi fazer um Centro Espírita On Line, e portanto, não se aplica a nós os argumentos tão caridosos e sensíveis dos espíritas que herdaram o DNA diretamente da França do século XIX, da época de Kardec.

Nossa proposta não é sustentar a ignorância humana, mas formar livres pensadores e para isto, precisamos investir e ensinar a cultura de investir na cultura.

Embora tenhamos em mente e estejamos em andamento com os projetos de palestras gratuitas, como já temos em nosso site, em mantermos uma rede de pessoas bem informadas e com estudos perfeitamente acessíveis ao público,  também de graça, mas enfim, se tudo for de graça, já estaríamos falidos, pois nossas despesas já neste mês ultrapassam em muito o meu salário de profissional da area de terapias holísticas. Quero deixar bem claro que a internet não é Centro Espírita e os provedores, os profissionais que trabalham com imagem, som, enventos interativos, transmissão, manutenção, computadores, edição, e estudio, não são médiuns espíritas, nem religiosos e graças a Deus, a maioria absurda não são espíritas, porque se fosse, com certeza estaríamos transmitindo ainda com sinais de fumaça ou por fax, quando muito.

E finalmente, decodificando o perfil psicológico de quem quer tudo de graça, em geral são pessoas insatisfeitas com suas vidas, com o sistema, com a religião, com os mediuns, com Deus, com o universo. Em geral, mas nem sempre, são pessoas que não fazem nada de ostensivo e significativo para a formação de livres pensadores ou para a humanidade, que não construíram uma obra social e nem a mantêm, que nunca entraram em contato com outras culturas e experimentaram os desafios de se manterem e manter a divulgação das ideias espirituais com os recursos próprios.

Enfim, em geral, mas nem sempre, felizmente, são vampiros energéticos que querem tudo de graça, mas não exitam em comprar carros caros, televisões, diversões, cervejas, lazer e outras coisas. São vampiros exigentes. Exigem sempre, mas nunca dão nada para a humanidade. Porque isto custa. Doar custa caro e o de graça em geral, é muito caro para quem o faz.

E aí, para finalizar, dá para ter uma ideia do porque o Espiritismo não vingou na Europa na época de Kardec, embora na Europa, atualmente, se veja o trabalho de verdadeiros missionários para divulgar o pensamento espírita, viajando e enfrentando dificuldades mil, para sustentar a tarefa. Embora eu não seja missionário, quero lançar um desafio aqui: tentem, os detratores e caluniadores de plantão, sustentartem uma obra por mais de 20 anos, atendendo gratuitamente pelo menos 2 mil pessoas semanais; minstrando cursos presenciais semanais, durante o ano inteiro, sem cobrar nada em troca; manter atendimento a crianças carentes e famílias marginalizadas; manter a divulgação de livros com a manutenção dessa divulgação num país em que se paga cada dia mais tributos e cuja inflação e preço final do produto não depende de você, mas dentre outros fatores, do controle ou descontrole do governo. Tente fazer isso por pelo menos 20 anos ininterruptos e você terá uma pálida visão do que enfrentou Kardec nos dias dele e que enfrentamos nos dias nossos. E depois de ver, viver e vivenciar tudo isso, parafraseando Jesus e o apóstolo Thiago: “atire a primeira pedra quem estiver sem pecado”.  E “Mostra-me a sua fé sem as obras e lhe mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.

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